segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Caso de Victor De Aveyron




A mais célebre criança selvagem inspirou inúmeros livros (alguns científicos, outros nem tanto) e teve sua vida levada para as telas de cinema pelo diretor francês François Truffaut no belo O Garoto Selvagem, de 1969. Foi conhecido primeiro como Selvagem de Aveyron e, mais tarde, chamado de Victor pelo médico e educador francês Jean Itard, que se encarregou de sua criação. O menino foi encontrado por caçadores em 1799, com cerca de 12 anos, vagando por bosques na França. Estava nu, sujo, mordido e arranhado, se alimentava de nozes e raízes. Tinha 23 cicatrizes causadas por mordidas de animais e outra, no colo, por uma provável facada. Andava trotando, farejava o que lhe davam, roía os alimentos, amava os campos e tinha aversão a usar roupas e a comer alimentos cozidos. Não falava, apenas emitia sons guturais. Seus olhos não se fixavam ou demonstravam expressão. Seu tato, olfato e audição eram aparentemente insensíveis.
Nunca se soube se Victor se perdeu ou foi abandonado por sua família. Sabe-se apenas que viveu em completo isolamento. Foi levado a uma instituição nacional de surdos-mudos, onde Philippe Pinel, considerado o pai da psiquiatria moderna, o diagnosticou como “acometido de idiotia” e, portanto, não suscetível à socialização e à instrução. Mas Jean Itard discordou de seu mestre e resolveu educar ele mesmo o menino. Escreveu dois relatórios sobre seus progressos: um em 1801, após um ano de trabalho com ele, e outro em 1806. No primeiro, afirma que os hábitos de Victor mostravam as “marcas de uma vida errante e solitária” e demonstravam que ele tinha passado pelo menos sete de seus 12 anos no isolamento. Segundo o médico, o menino dava aos cientistas a incrível oportunidade de “determinar quais seriam o grau de inteligência e a natureza das idéias de um adolescente que, privado desde a infância de qualquer educação, tivesse vivido inteiramente separado dos indivíduos de sua espécie”.
Itard é considerado o pai da educação especial e um precursor da psicologia infantil por seu inovador trabalho com Victor. Mas, apesar de estar à frente de seu tempo, cometeu um erro. O médico, que apostou na disciplina e nas relações sensoriais de causa e efeito para educar o menino, deixou de lado as emoções. “Itard não percebeu o potencial do convívio. O tempo que passava com Victor era apenas o das experiências educacionais que fazia com ele. Dá um passo, inova, é ousado, mas ainda é limitado por não perceber a importância das relações pessoais”, afirma Izabel Galvão, professora de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e também organizadora de A Educação de um Selvagem.
Madame Guérin, a governanta que cuidou de Victor, foi quem estabeleceu com ele uma relação propriamente pessoal. “Até certo ponto, o tratamento que Itard impôs trouxe resultados, mas foi domesticador. Já o de Guérin foi humanizador”, diz a psicóloga Renata Guarido, professora da USP. Em contato com os dois, Victor, ao longo dos anos, tornou-se um rapaz de aparência normal. Aprendeu a mostrar as coisas de que gostava, a sorrir, a pedir e a dar carinho. Mas frustrou Itard, pois jamais aprendeu a falar articuladamente. Era capaz apenas de dizer uma ou outra palavra, como lait (“leite”, em francês). Morreu aos 40 anos.


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O que vamos estudar???


Olá pessoal!
Sejam bem vindos ao nosso "Blog"! Aqui iremos publicar materiais como vídeos, filmes, textos, imagens, músicas, etc. que nos ajudarão nas aulas de Sociologia, essa matéria nova (e estranha à princípio!) das Ciências Humanas, que pegou vocês de surpresa! 
O objetivo da sociologia é nos ajudar a compreender a SOCIEDADE em que vivemos, e consequentemente a NÓS MESMOS!

Então, o que vamos estudar na SOCIOLOGIA  é a SOCIEDADE, o SER HUMANO E SUAS RELAÇÕES SOCIAIS.

Complicado? Depois piora! Hehe!
Brincadeira pessoal, depois vocês vão ver que a SOCIOLOGIA é muito mais do que esperam!

:)

Joyce.